Dados do Livro
Nome: O Pacto
Autor: Joe Hill
Editora: Arqueiro
Tradução de: Horns
Tradutor (a): Bárbara Heliodora e Helen P. Pessoa
ISBN: 9788599296882
Edição: 1ª Ed. 2010
Estilo: Ficção Americana de Terror e Suspense
Páginas: 320
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Sinopse
"O pacto é bom como o diabo!
Joe Hill é um escritor excepcional, com uma incrível imaginação. Ele tem o
talento especial de conduzir os personagens e os leitores a situações
sobrenaturais." - USA Today
Ignatius Perrish sempre foi um homem bom. Tinha uma família unida e
privilegiada, um irmão que era seu grande companheiro, um amigo inseparável e,
muito cedo, conheceu Merrin, o amor de sua vida.
Até que uma tragédia põe fim a toda essa felicidade: Merrin é estuprada
e morta e ele passa a ser o principal suspeito. Embora não haja evidências que
o incriminem, também não há nada que prove sua inocência. Todos na cidade
acreditam que ele é um monstro.
Um ano depois, Ig acorda de uma bebedeira com uma dor de cabeça infernal
e chifres crescendo em suas têmporas. Descobre também algo assustador: ao vê-lo,
as pessoas não reagem com espanto e horror, como seria de esperar. Em vez
disso, entram numa espécie de transe e revelam seus pecados mais
inconfessáveis.
Um médico, o padre, seus pais e até sua querida avó, ninguém está imune
a Ig. E todos estão contra ele. Porém, a mais dolorosa das confissões é a de
seu irmão, que sempre soube quem era o assassino de Merrin, mas não podia
contar a verdade. Até agora.
Sozinho, sem ter aonde ir ou a quem recorrer, Ig vai descobrir que,
quando as pessoas que você ama lhe viram as costas e sua vida se torna um
inferno, ser o diabo não é tão mau assim.
Joe Hill, autor de A estrada da noite, já foi aclamado como um dos
principais novos nomes da ficção fantástica. Em O pacto, o sobrenatural é pano
de fundo para uma história de amor e tragédia, de traição e vingança. Um livro
envolvente, emocionante e cheio de suspense que nos leva a refletir: em matéria
de maldade, quem é pior, o homem ou o diabo?
O Autor
Joseph Hillstrom King, mais conhecido
como Joe Hill nascido em Hermon, Maine em 3 de junho de 1972 é um escritor
estadunidense de ficção. É filho de Stephen King. Seu nome foi escolhido como
uma forma de homenagem ao anarquista sueco Joe Hill.
Em 2007,
lançou um livro de terror intitulado A Estrada da Noite. É também de sua
autoria a coletânea de contos Fantasmas do Século XX, publicada no Brasil em 2008.
Voltou à escrever outra novela de terror em 2010, com o título de Horns (no Brasil, O Pacto). Em 2014 chega ao Brasil o livro Nosferatu (título original - NOS4A2 (2013)). Todos os seus livros foram publicados no Brasil pela Editora Arqueiro.
Voltou à escrever outra novela de terror em 2010, com o título de Horns (no Brasil, O Pacto). Em 2014 chega ao Brasil o livro Nosferatu (título original - NOS4A2 (2013)). Todos os seus livros foram publicados no Brasil pela Editora Arqueiro.
Joe Hill já ganhou diversos prêmios por
seus contos, incluindo dois Bram Stoker, o mais importante da literatura de
horror.
Dialética
Ignatius Martin Perrish ou simplesmente Ig, é apresentado como um homem perturbado
por um passado nebuloso, acusado de assassinar o grande amor de sua vida,
passou grande parte da vida adulta bêbado.
E é após uma noite regada a muito álcool que sua vida sofre uma guinada drástica,
ele acorda com dores de cabeça causadas por nada mais, nada menos que chifres.
Isso mesmo, o protagonista se vê com chifres, o verdadeiro “diabo” encarnado.
Aterrorizado com o surgimento de tal estranheza, Ig passa a buscar respostas
para aquela situação dramática em que se metera.
“Ignatius Martin Perrish passou a
noite bêbado, fazendo coisas horríveis. Acordou na manhã seguinte com dor de
cabeça, levou as mãos às têmporas e sentiu algo estranho, um par de
protuberâncias pontiagudas”.
Com as lembranças da noite passada ainda desconexas Ig percebe que os
chifres não causam medo ou asco nas pessoas, pelo contrário, após o pavor
inicial, quando isso ocorre, é claro, as pessoas passam a agir como se eles não
existissem. E não é só isso, os “benditos” chifres possuem poderes mágicos. Ig
é capaz de revelar os lados mais sombrios das pessoas, desejos, segredos, taras
e erros são os indícios de que a mágica dos adornos em sua cabeça controlam a
vontade das pessoas.
“– As pessoas não param de me contar
coisas pavorosas. Ficam dizendo o que gostariam de fazer, coisas que ninguém
jamais admitiria. Uma garotinha acabou de me contar que tem vontade de botar
fogo na cama da mãe. Sua enfermeira me disse que quer destruir o carro de uma
moça. Estou com medo. Não sei o que está acontecendo comigo.
O médico estudou os chifres; rugas de
preocupação marcaram sua testa:
– São chifres.
– Sei que são chifres.
O Dr. Renald balançou a cabeça.
– Parecem inflamados nas pontas. Dói?
– Pra caramba.”
De ante de tamanho poder, Ig decide reviver seu passado, descobrir qual
foi o fim que sua amada Merrin Williams levou.
Mesclando passado e futuro Hill, apresenta a vida de Ig de forma
totalmente aberta, sua idolatria pelo irmão Terry, um ágil e talentoso jovem
que se torna uma celebridade nacional. Sua amizade cega com Lee Tourneau, o
jovem franzino, tímido e caolho, que no futuro é assessor de um político, sendo
adorado por todos.
A tentativa frustrada de um relacionamento com Glenna Nicholson. E, é
claro seu amor eterno a Merrin Williams.
Um emaranhado de situações levam Ig a um rompimento com a jovem Merrin
com quem namorava desde a infância, e na mesma noite alguém pratica um ato
horroroso, um crime que abalaria a cidade de Gideão.
Ig é apontado como o autor do cruel assassinato e sem um álibi que prove
sua inocência acaba preso. Com a influência dos pais, o jovem se vê livre das
acusações. Porém essa mesma influência seria sua ruína eterna.
Sem poder provar sua inocência Ig é visto por todos como o autor do
assassinato e somente após o surgimento dos chifres é que percebe que poderá descobrir
quem realmente arquitetou e executou aquele plano sórdido para incrimina-lo.
Inicia-se ai, a trajetória de Ig ao passado. No caminho todos estão a mercê
de seus poderes, a avó, os pais, o irmão, a namorada, todos que cruzarem seu
caminho lhe contaram tudo o que fizeram e aquilo que realmente pensam a seu
respeito.
“– Pode falar – disse Ig. – Agora é a
parte em que você me conta qualquer coisa terrível que escondeu a vida toda.
Provavelmente sobre mim. É só falar, e a gente se livra disso.”
Muitas magoas se formarão, feridas tão profundas que nada poderá
cicatrizar, e a dor somente irá desaparecer quando encontrar a resposta que
tanto procura.
Uma batalha emblemática, que somente quem lê o livro pode entender é
travada do início ao fim, e Hill nos faz questionar se o diabo realmente é o mau
que irá destruir a humanidade.
É tudo escancarado, as feridas e transgressões do homem, os desejos
secretos e escuros de cada um. Hill deixa a mostra a qualidade do ser humano e
sua capacidade em fazer o mau, mesmo que isso lhe custe tudo o que mais ama.
Ler esse livro de certa forma é difícil, por que te faz pensar realmente
se o ser humano presta, em todo o decorrer da história, você se depara com
todos os erros e maquinações que o ser humano é capaz de cometer e se pergunta “como
todos podem ser assim?”.
A temporada de Ig na fundição onde ele tenta buscar soluções para as inúmeras
questões que o perturbam é lindamente descrita e te faz sentir pena do pobre “diabo”.
Você logo se vê torcendo por ele, desejando que ele elimine seus inimigos com
as próprias mãos e que encontre paz de espirito.
“Então, por um tempo, ficou tudo
quieto na velha fundição, onde o homem e o demônio estavam deitados lado a lado
– embora dizer quem era quem fosse uma questão de debate teológico”.
Confesso que me apaixonei pela escrita de Hill, o homem é um gênio. O
desfecho da história é algo surpreendente que te deixa com gostinho de quero
mais. Não houve um único momento que pensei em desistir do livro, ou que eu não
gostasse, a única coisa que me perturbou durante toda a leitura foi a inocência
de Ig, sério é impossível acreditar que ele não percebia as intenções de Lee,
Terry e os outros.
Relacionando
Com sempre faço elejo uma música como tema da minha leitura, e ao
conhecer Ig Parrish e sua luta interior a primeira música que me veio à mente
foi Pardon Me da banda Incubus.
Não sei ao certo o motivo inicial de ter elegido essa música, talvez se
deva ao fato de que Incubus é o nome de uma espécie de demônio. Mas o que
realmente percebi lendo o ultimo capitulo do livro, foi como essa música casou
bem com o livro.
Quem já o leu irá entender. Abaixo um estrofe da música traduzido e o vídeo
original.
“Perdoe-me enquanto eu explodo em
chamas
Eu já aguentei demais o mundo e os
jogos irracionais das pessoas
Então perdoe-me enquanto eu queimo e
elevo-me acima das chamas
Perdoe-me, perdoe-me... Eu nunca serei
o mesmo”.
A música escolhida para ilustrar o história de Ig nos cinemas pertence a banda irlandesa Kodaline e chama-se Pray. Título bem sugestivo, não acham?
A adaptação do livro foi produzida por Alexandre Aja da Lions Gate, e deve
estrear em breve em território brasileiro. Daniel Radcliffe interpreta o jovem
Ig.
Em seguida, vocês poder ter uma previa do filme, bem como os vídeos das músicas aqui mencionadas.
Em seguida, vocês poder ter uma previa do filme, bem como os vídeos das músicas aqui mencionadas.
Videos
Kodaline - Pray (Audio)
Trailer: Horns - O Pacto (legendado)
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Julielton Souza