6 de mar. de 2015

Livro #17: O Vitral: Guardiões da última Profecia – Fernando Valverde

Sinopse: O Vitral - Enquanto aguardava o concerto dentro da capela de um colégio, Addae Emussen observou que em um dos vitrais daquele lugar havia uma gravura nada condizente com a fé cristã. Atento a todos os detalhes, logo percebeu que o vitral não estava ali por acaso. Nele está embutido um singelo convite deixado por uma fraternidade milenar, que, infiltrada no Vaticano e também em diversas outras religiões espalhadas pelo mundo, atravessa os séculos com a missão de guardar o segredo que mudaria o rumo da humanidade. Para conhecer tal mistério, todos os envolvidos deveriam passar por uma transformação psíquica e espiritual, e Addae Emussen estava pronto para viver tal experiência. O enigma do vitral e o interesse que a fraternidade tem em chegar até o Addae é o ponto de partida deste romance, que envolverá você, leitor, e o fará trilhar um caminho mágico pelos mistérios da vida e da criação.

Valor de Capa: R$ 27,12 até R$ 39,90


Sou seguidor dos lançamentos do selo Talentos da Literatura Brasileira da Editora Novo Século desde sua criação, e assim que soube do lançamento deste livro procurei saber mais sobre ele.

Imaginem como me senti ao descobrir que se tratava de uma obra mergulhada nas mais distintas religiões do mundo e que conseguiu tirar dai uma narrativa ficcional elucidativa e concisa, isso tudo sem ferir ou ofender qualquer uma das crenças citadas. Trata=se de uma obra impar e que merece a atenção do leitor.

Participei de algumas campanhas de divulgação da obra, na verdade, a mesma ainda ocupa lugar de destaque no blog, então eis que recentemente recebi o livro O Vitral do próprio autor Fernando Valverde, vocês não podem compreender a minha felicidade ao receber meu exemplar com dedicatória e autografo. Foi algo único, pois, sabia que se tratava de um desses livros que você lê e te marca pra sempre.

Então, aqui estou eu, após um mês pronto para tentar resenhar o livro novamente, sem conseguir imaginar como exprimir o meu contato com o livro. Depois de algumas tentativas, resolvi tomar o caminho da verdade, decidi não abster nenhum ponto de vista, critico ou de admiração, escreverei de forma nua e crua, tudo que está obra me proporcionou.

O Vitral é um livro sobre algo que jamais imaginei ler em uma narrativa ficcional, a busca pelo sentido da vida, da fé, e da força que move o mundo. Uma história centrada em um jovem religioso mas questionador, formado em Filosofia da Religião com um bom emprego, bons amigos e uma vida típica, um personagem que não poderia reclamar da vida. Mas Addae Emussen não é um jovem qualquer, é um buscador, embora, ainda não saiba.

Ele busca pela verdade inserida na história, pela razão que movimenta o mundo, pelos sentimentos advindos da fé, busca principalmente se libertar das correntes do conformismo, romper os limites da fé. E, é após ser convidado por um amigo a acompanhar um concerto em um mosteiro que ele encontra o Vitral, a primeira etapa para conhecer a chamada openbaring (revelação), a busca pela verdade, o ato que transformou o mundo, o chamado “pensar fora da caixa” e que levou grandes nomes a repensar o contexto em que viviam, a enxergar no futuro uma forma de se obter a plenitude.

Após ingressar no seleto grupo de buscadores Addae passa a vislumbrar situações, lugares e pessoas que tiveram significado expressivo na história, ele começa a sentir e a ver que nem tudo é o que parece, que há uma única coisa que move o mundo: A Força Criadora.

Desta descoberta em diante Addae passará por momentos mágicos de conhecimento interior, descobrirá as verdades escondidas no universo e entenderá que Deus não é um senhor de castigos e pecados, entenderá que Jesus, Maria, Zeus, Hórus, todos tiveram sua participação na história, sua parcela na construção que levou o mundo a ser o que é hoje. Ele verá que a religião e seus ritos são meramente exemplos de como se aproximar da Força Criadora, e que não importa qual delas é a verdadeira, todas possuem real significado, todas agradam a Força Criadora, todas são dotadas de verdade.

A leitura do livro demora a pegar no tranco, os seis primeiros capítulos, ocupam apenas 62 páginas do livro, mas devo dizer que levei vários dias para rompe-las, não quero dizer que a leitura é chata ou difícil, mas é a introdução de tudo que verá nas páginas seguintes, há muita descrição, muitos fatos que acabam te fazendo ter que ler novamente o capitulo anterior para não se perder.

Porém, quando se inicia o capitulo sete com suas três paginas é que nos deparamos com a verdade escondida no livro, é como abrir uma porta para um universo nunca antes visto, é transcendente, e com o capitulo seguinte e suas 181 páginas descobrimos uma obra perfeita, baseada numa pesquisa única, uma visão esclarecedora do que é a criação, religião, fé, Deus.

Aqui somos apresentados a uma teoria única e expressiva, outorgada por leis físicas, conceitos teológicos, descobertas cientificas, pareceres de santos, questionamentos protestantes, nada que Fernando escreveu aqui deixou de apresentar algum fator comprobatório, é tudo muito bem ligado, tecido, não há pontas soltas, é um emaranhado de informações, situações e descobertas, mas descrito de forma única e atraente, mesmo ocupando grande parte do livro os capítulos oito e nove passam voando, suas mais de duzentas páginas não significam nada comparadas ao prazer que se encontra nestas narrativas.

Resumindo, já ficou muito extenso isso aqui, O Vitral é uma obra perfeita, é claro que como tal, tem seus pontos viciosos, como disse demora compreender onde o autor quer te levar, mas quando você entende, o mergulho é fácil, e a leitura muito prazerosa. Uma obra mais que recomendada.

Sobre a estética do livro, nada a reclamar, a capa, orelhas, lombada, inicio de capitulo, tudo muito bem feito, uma obra de qualidade da Novo Século. Erros ortográficos são quase inexistentes.

O livro como sempre possui um acabamento típico da editora, folhas amareladas, fonte e espaçamento condizentes com uma boa leitura, tudo conduzindo a uma única constatação, se trata de uma obra bem feita e bem planejada.

 


Onde Comprar:

 

2 de mar. de 2015

Divulgação: A Dama das Ameixas por R$ 1,50 na Amazon

A Editora Draco, traz hoje para você leitor uma promoção especial um dos contos do Dragão em ebook, pela metade do preço.

Corre lá no site da Amazon e garanto o seu: "A Dama das Ameixas", conto de Karen Alvares. Só R$ 1,50! Aproveite!

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Sinopse: Conto do projeto Dragões da Editora Draco. Eleonora tem apenas trinta dias para viver e nenhuma lágrima para chorar. À medida que o tempo escorre depressa, ela precisa escolher entre a efêmera felicidade que nunca experimentou e sua própria vida amaldiçoada.


Detalhes do produto

  • Formato: eBook Kindle
  • Tamanho do arquivo: 121 KB
  • Número de páginas: 27 páginas
  • Editora: Draco
  • Idioma: Português
  • ASIN: B00AR1L6SW
  • Avaliação média: 5.0 de 5 estrelas

1 de mar. de 2015

Projeto BLC ( Blogagem Literária Coletiva): Postagem #05

Esta postagem faz parte do Projeto Blogagem Literária Coletiva promovido pelos Blogs Monykisses e Diário de uma Livromaníaca.

É a minha primeira participação no Projeto, mas devo admitir que adorei a criatividade das meninas, não é uma simples proposta de postagem, é todo um projeto de criação, algo único, oriundo da mais completa compreensão do universo literário existente na blogosfera. Portanto, é evidente a minha felicidade em participar de algo do gênero.

Proposta: EM UM LIVRO QUALQUER...

Um belo dia você acorda e percebe que está “dentro” de um livro. Mas não um livro qualquer, um de seus livros preferidos e mais, você é um dos personagens! E agora? O que fazer? Gritar? Chorar? Se desesperar? Nada disso! Afinal de contas você sabe como termina essa história.

Então você corre para procurar a saída e descobre que só poderá voltar para o mundo real quando reescrever um trecho da história, pelo seu ponto de vista. Ou seja, agora você é um dos personagens, o que você faria em determinada situação? Escolha aquele trecho que te incomodou, que te deu vontade de fazer diferente. Escolhido? Ok, agora é só contar em detalhes, como você agiria, qual seria sua reação, o que você faria caso estivesse vivenciando aquela situação.

Vamos nos aventurar? Esta é a sua chance de beijar aquele gato, de conhecer aquele País deslumbrante, de ser uma princesa ou príncipe ou simplesmente de puxar o tapete daquela sem noção que só foi escrita para nos perturbar. Todos prontos? Encontro vocês no mundo real, ou não...

ATENÇÃO! Algumas postagens podem conter SPOILERS.

Para a realização deste tema, o Projeto BLC oferece duas formas de entregar a postagem, escolha uma delas e mãos a obra:

Primeira: você terá que reescrever o trecho escolhido. Como se você fosse o autor e num acesso de loucura tivesse mudado de ideia e alterado completamente o destino do personagem. Exemplo aqui. (link da Carol)

Segunda: você terá que descrever o que faria em determinada situação. Contar em detalhes tudo o que aconteceu, como se você estivesse relatando a situação a alguém. Exemplo aqui. (link da Monika)

Minha escolha foi a primeira forma, a criada pela Carol, a algum tempo li o livro Cidades de Papel do autor John Green, o qual foi único durante quase toda a sua narrativa, porém detestei o final que o autor deu, por isso, aqui vou eu, dar um final digno ao Quentin.

Ps: Não me odeiem.

Continuação do livro, página 358.

[…] Ela leva os dedos até os lábios, como se estivesse se concentrando, ou escondendo a boca de mim, ou como se quisesse sentir as próprias palavras.

— Você é especial — diz ela afinal.

E me encara; meus olhos e os dela, e nada entre eles. Não tenho nada a ganhar dando um beijo nela. Mas já não quero ganhar nada.

— Tem uma coisa que preciso fazer — digo, e ela faz que sim de leve com a cabeça, como se soubesse do que estou falando, e então dou-lhe um tapa na cara.

Ela me encara consternada, segurando a face que começa a avermelhar destacando os cinco dedos de minha mão, e ela diz:

— Você é louco?! Achei que me beijaria, que pediria para ir para Nova York comigo.  — E eu digo:

— Beijar é algo sério. — E ela diz:

— E bater em uma garota, não? — E eu digo:

— Margo, toda a minha vida está lá, estive te esperando, sonhando com esse beijo, mas eu não sou você e… — Mas não consigo continuar, porque ela tenta me beijar, e quando eu a empurro em direção ao chão, sei sem sombra de dúvida, que estamos seguindo em direções opostas.

Ela se levanta, caminha até o ponto onde estávamos dormindo, até alcançar a mochila. Pega o caderno preto, parece quer fugir.

Eu a agarro pelos cabelos e a faço retornar ao túmulo, ali diante do buraco no chão, ela sussurra:

— Vou sentir sua falta.

Eu não sei se ela está falando comigo ou com outra pessoa. Nem sei com quem eu mesmo estou falando quando a jogo no buraco e digo:

— Eu também. — E acrescento: — Adeus, destemida orlandense Margo Roth Spiegelman. — E jogo um punhado de terra sobre o seu rosto.

— Adeus, jovem e heroico Quentin Jacobsen — diz ela, escondendo o rosto.

Mais um punhado cai enquanto digo: — Eu te amei, mas você não nasceu para ser amada, você fez isso consigo, estou apenas cumprindo com o seu desejo, adeus!

E jogo mais um punhado de terra com a pá, enquanto ela diz:

— Adeus, Q.

Cubro todo o seu corpo com terra, tapando o buraco. A grama vai crescer em breve. E para nós será a cabeleira comprida e bonita dos túmulos.


Era isso que queria que acontecesse no livro, infelizmente pouco é verdade.

Algumas pessoas irão discordar, me odiar.

Mas é fato que o final do livro é terrível, até hoje me sinto mal pelo Q. e tenho certeza que o filme será igual.