1 de mar. de 2015

Projeto BLC ( Blogagem Literária Coletiva): Postagem #05

Esta postagem faz parte do Projeto Blogagem Literária Coletiva promovido pelos Blogs Monykisses e Diário de uma Livromaníaca.

É a minha primeira participação no Projeto, mas devo admitir que adorei a criatividade das meninas, não é uma simples proposta de postagem, é todo um projeto de criação, algo único, oriundo da mais completa compreensão do universo literário existente na blogosfera. Portanto, é evidente a minha felicidade em participar de algo do gênero.

Proposta: EM UM LIVRO QUALQUER...

Um belo dia você acorda e percebe que está “dentro” de um livro. Mas não um livro qualquer, um de seus livros preferidos e mais, você é um dos personagens! E agora? O que fazer? Gritar? Chorar? Se desesperar? Nada disso! Afinal de contas você sabe como termina essa história.

Então você corre para procurar a saída e descobre que só poderá voltar para o mundo real quando reescrever um trecho da história, pelo seu ponto de vista. Ou seja, agora você é um dos personagens, o que você faria em determinada situação? Escolha aquele trecho que te incomodou, que te deu vontade de fazer diferente. Escolhido? Ok, agora é só contar em detalhes, como você agiria, qual seria sua reação, o que você faria caso estivesse vivenciando aquela situação.

Vamos nos aventurar? Esta é a sua chance de beijar aquele gato, de conhecer aquele País deslumbrante, de ser uma princesa ou príncipe ou simplesmente de puxar o tapete daquela sem noção que só foi escrita para nos perturbar. Todos prontos? Encontro vocês no mundo real, ou não...

ATENÇÃO! Algumas postagens podem conter SPOILERS.

Para a realização deste tema, o Projeto BLC oferece duas formas de entregar a postagem, escolha uma delas e mãos a obra:

Primeira: você terá que reescrever o trecho escolhido. Como se você fosse o autor e num acesso de loucura tivesse mudado de ideia e alterado completamente o destino do personagem. Exemplo aqui. (link da Carol)

Segunda: você terá que descrever o que faria em determinada situação. Contar em detalhes tudo o que aconteceu, como se você estivesse relatando a situação a alguém. Exemplo aqui. (link da Monika)

Minha escolha foi a primeira forma, a criada pela Carol, a algum tempo li o livro Cidades de Papel do autor John Green, o qual foi único durante quase toda a sua narrativa, porém detestei o final que o autor deu, por isso, aqui vou eu, dar um final digno ao Quentin.

Ps: Não me odeiem.

Continuação do livro, página 358.

[…] Ela leva os dedos até os lábios, como se estivesse se concentrando, ou escondendo a boca de mim, ou como se quisesse sentir as próprias palavras.

— Você é especial — diz ela afinal.

E me encara; meus olhos e os dela, e nada entre eles. Não tenho nada a ganhar dando um beijo nela. Mas já não quero ganhar nada.

— Tem uma coisa que preciso fazer — digo, e ela faz que sim de leve com a cabeça, como se soubesse do que estou falando, e então dou-lhe um tapa na cara.

Ela me encara consternada, segurando a face que começa a avermelhar destacando os cinco dedos de minha mão, e ela diz:

— Você é louco?! Achei que me beijaria, que pediria para ir para Nova York comigo.  — E eu digo:

— Beijar é algo sério. — E ela diz:

— E bater em uma garota, não? — E eu digo:

— Margo, toda a minha vida está lá, estive te esperando, sonhando com esse beijo, mas eu não sou você e… — Mas não consigo continuar, porque ela tenta me beijar, e quando eu a empurro em direção ao chão, sei sem sombra de dúvida, que estamos seguindo em direções opostas.

Ela se levanta, caminha até o ponto onde estávamos dormindo, até alcançar a mochila. Pega o caderno preto, parece quer fugir.

Eu a agarro pelos cabelos e a faço retornar ao túmulo, ali diante do buraco no chão, ela sussurra:

— Vou sentir sua falta.

Eu não sei se ela está falando comigo ou com outra pessoa. Nem sei com quem eu mesmo estou falando quando a jogo no buraco e digo:

— Eu também. — E acrescento: — Adeus, destemida orlandense Margo Roth Spiegelman. — E jogo um punhado de terra sobre o seu rosto.

— Adeus, jovem e heroico Quentin Jacobsen — diz ela, escondendo o rosto.

Mais um punhado cai enquanto digo: — Eu te amei, mas você não nasceu para ser amada, você fez isso consigo, estou apenas cumprindo com o seu desejo, adeus!

E jogo mais um punhado de terra com a pá, enquanto ela diz:

— Adeus, Q.

Cubro todo o seu corpo com terra, tapando o buraco. A grama vai crescer em breve. E para nós será a cabeleira comprida e bonita dos túmulos.


Era isso que queria que acontecesse no livro, infelizmente pouco é verdade.

Algumas pessoas irão discordar, me odiar.

Mas é fato que o final do livro é terrível, até hoje me sinto mal pelo Q. e tenho certeza que o filme será igual.

 

3 comentários:

  1. Oie Julielton,
    Eu não li Cidades de Papel, não sou muito fã da escrita do Jonh Green. Contudo, ouço muita gente dizer que a Margo é uma personagem detestável. Confesso que não entendi muito bem o final que você deu, mas você escreve muito bem, tanto que me assustei algumas vezes!! kkkkkkkkkkk
    Parabéns pela escrita!
    Beijos
    htt://diariodeumalivromaniaca.blogspot.com.br

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    1. Oi Ana, não mudei muito da escrita do John, apenas corrigi o erro do Q, ele apenas a beijou e deixou que tudo seguisse como ela planejara. Na minha visão a raiva dele toma forma e acaba com a Margon engraçadinha. Hehehe. Obrigado por postar.

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  2. Estou ficando curiosa para ler as mudanças, mais ainda não li o livro, então não saberei... mais um dia volto aqui e leio.

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Julielton Souza