Preliminares
“Feitiço. Foi o que disse minha mãe quando descobriu. Tudo era feitiço na cabeça dela. Uma teoria tão sem fundamento que não merecia sequer resposta. Meu pai me atirou em consultas sem fim com um psiquiatra carrancudo, cujos remédios receitados eu fingia que tomava”.
Sinopse
UM ROMANCE QUEER CHICK. Os vampiros se revelaram ao mundo, mas ainda sofrem muitas desconfianças dos humanos. Apaixonadas Duda e Esther precisam lidar com todos os tipos de discriminação por serem de raças diferentes e ambas do mesmo sexo. Será que o amor delas sobreviverá a segredos e ao fanatismo? Descubra nesse romance com toques de drama e mistério. Entre de cabeça no universo fantástico criado pela escritora Ju Lund.
Fonte Skoob: Doce Vampira
A Autora
Gêneros Literatura Fantástica, Fantasia, Romance, Suspense e Mistério | Nascimento: 03/11/1983 | Local: Brasil - Rio Grande do Sul - Pelotas
Ju Lund é amante das artes. A gaúcha nascida em Pelotas é técnica em Turismo e Hotelaria. Graduanda em Artes Visuais Licenciatura é editora e fundadora de um portal de incentivo à literatura. Apaixonada por seus três gatos e mãe do Joan, “transforma seus melhores sonhos e piores pesadelos em contos e romances”.
Fonte Skoob: Ju Lund
Dialética
Fantástico. Essa é a palavra que encontrei para descrever a trama envolvente escrita por Ju Lund. Doce Vampira é antes de tudo um romance sobrenatural, porém vai além disso, é um romance queer chick (se quiser saber mais sobre o gênero, leia o post Especial de Domingo: Doce Vampira e Alma Vampira da autora Ju Lund). Uma narrativa com foco no relacionamento de Duda e Esther, duas garotas, uma humana e outra vampira, onde o amor entre espécies irá enfrentar duras realidades, discriminação sexual, preconceito racial e intolerância religiosa salpicadas de crises existenciais e muitas cenas de ciúme.
Doce Vampira vai além dos estereótipos estabelecidos na literatura, é uma narrativa contemporânea, onde pelos olhos de Duda conhecemos uma realidade paralela, em plena virada de século, quando o mundo está atordoado com as previsões bíblicas de final dos tempos, os vampiros já revelados são cidadãos americanos, povoam a terra e tem seus direitos resguardados por políticas e leis normativas. Porém, uma parcela da população ainda se prende aos preceitos e mitos estabelecidos ao longo da história, veem os vampiros como espécies de demônios, que foram trazidos a terra pelo próprio diabo para corromper a humanidade. Duda não vê esse ódio até vive-lo na pele, ao ser transferida de escola conhece a estonteante Esther uma garota linda e com ares de superioridade, ambas são novatas na escola e acabam se tornando amigas.
A insegura e tímida Eduarda, e a experiente e dona de si Esther constroem uma linda amizade repleta de companheirismo e confiança mutua, uma relação que acaba as levando para algo mais, a descoberta do amor. E para surpresa da humana e desconfiada Duda, os seus sentimentos são correspondidos, a Doce Vampira Esther a ama, e a quer a seu lado.
Porém, a sociedade e os pais de ambas as garotas não veem esse relacionamento com bons olhos, a sociedade acusa Esther de corromper a outra que ainda é menor de idade. Os pais de Duda, a acusam de enfeitiça-la, de leva-la ao caminho das trevas, já a família de Esther não apoia um relacionamento entre espécies, é necessário que Duda se transforme, se torne uma vampira, para então viver o amor de forma plena. Com tantos problemas e empecilhos, a dúvida persiste durante toda a trama, será possível viver um amor proibido?
Doce Vampira como disse antes vai além do estereotipo, os vampiros aqui são como uma raça diferente, mas nada sobrenatural, não são seres medonhos e sedentos por sangue, são humanos eternos, bem resolvidos e que para sobreviver necessitam vez ou outra de doses de sangue humano. O relacionamento homossexual das duas protagonistas, também não é algo assombroso e cheio de preconceitos, pelo contrário Ju Lund construiu uma trama onde ser do mesmo sexo, é algo tão comum como a ter a mesma cor de cabelos. Embora, Duda se cobre no início sobre essa barreira, ao longo das primeiras páginas, isso se torna banal, não importa o sexo das duas, importa o amor que as mantem juntas.
O preconceito existente no livro está sobre a diferença de raças, e eu poderia dizer, que lembra muito os preconceitos existentes no século XIX quando uma pessoa branca manter uma relação intima com uma pessoa negra era visto como abominável.
Durante toda a trama vemos apenas o que os olhos de Duda querem ver, e eu devo confessar, cara essa garota é ceguinha da silva. E eu a detestei logo de cara, não por acha-la mal construída, foi exatamente pelo contrário Ju Lund construiu uma personagem palpável, ou seja, uma adolescente típica, comum. E como tal cheia de inseguranças e incertezas, o que por muitas vezes me fez desejar esbofetear a cara dela. Durante toda a leitura, fica evidente quem são os verdadeiros inimigos, quem entre todas as suas suspeitas vão contra sua relação, mas não, Duda tem que duvidar das pessoas erradas. E Esther e sua família são os alvos escolhidos desta desconfiança.
Veja bem qualquer palavra dita a ela tornava-se motivo para desconfiança, para achar que Esther não a amava e simplesmente a mantinha por perto para ser uma escrava de sangue. Ou por exemplo seu receio com a criadora e mãe de Esther, Louise, ela a vê como ser de plástico, maquiavélico e que não nutre qualquer sentimento amável em relação a sua pessoa, mas o que a autora transmite, ao meu ver, é o contrário, Louise é uma matriarca apreensiva que tem em mente apenas o bem estar de sua família, e vê que a indecisão de Duda colocaria ela e principalmente Esther em maus lençóis.
Mas a garota coloca barreiras, estabelece pequenos preconceitos, e acaba tomando decisões erradas, confia em quem menos deveria confiar. E o que acontece a seguir é algo que não imaginava ao começar este livro. Um final inacreditável que lhe deixa com uma grande dúvida, será o amor das duas forte o suficiente para superar as barreiras da mente?
O que nos sobra após um final tão inacreditável, juro, quando cheguei na última página, já não queria acertar a cara de Duda, e sim a da autora, como assim acabou? Não posso aceitar que vai demorar a ter Alma Vampira, o segundo livro da trilogia para saber o que vai acontecer com Duda, se os Semeadores vão mesmo destruir tudo que Esther e Duda construíram, e como os vampiros vão superar essa ameaça.
Para finalizar este texto que já excedeu meus limites, tenho apenas uma coisa a dizer: corra, compre o e-book, compre o livro, monte um altar para Ju Lund. Pois, você jamais vai se arrepender, ao conhecer Doce Vampira.
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Sorteio
A querida autora Ju Lund cedeu um par de marcadores autografados para sorteio aqui no blog. Como já utilizei antes o aplicativo Rafflecopter antes, acredito que seja uma boa ferramenta para este sorteio.
Siga as regras e participe!
Regras:
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A promoção ocorrerá de 26/05 a 10/05;
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Entrarei em contato com o sorteado e o mesmo terá o prazo de 72h para resposta, caso contrário novo sorteio será realizado;
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O envio do prêmio será feito pela própria autora;
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O ganhador deve residir em território nacional;
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As primeiras entradas são obrigatórias;
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Há outras entradas extras, não são obrigatórias, mas consistem em mais cupons.
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O Blog e a Autora não se responsabilizam por extravios do correio;
Boa Sorte.
