21 de mai. de 2015

Projeto BC: Literatura em Movimento – Tema de Maio

Um pouco atrasado (como sempre) mas cá estou para a primeira postagem do Projeto de Blogagem Coletiva: Literatura em Movimento.

Bom o tema da primeira postagem é claro que me animou e muito, porque afinal quem nunca se imaginou como autor daquele livro favorito, eu pelo menos já me imaginei escrevendo grandes sucessos que eu amo de coração, e não é apenas um ou dois são vários.

Palma, palma, não priemos cânico! Vamos em partes né seus lindos?

O tema do mês de maio é:

Todo leitor tem aquele livro que mais gosta por diversos motivos: ou porque o texto possui uma linguagem bonita, ou porque os personagens são instigantes, ou porque a história de amor é a dos sonhos, ou porque a capa do livro é belíssima... Afinal, todos já pensamos "Por que eu não tive essa ideia antes?"

Se fosse você o autor de um livro, que livro seria esse? E por que gostaria de ser o autor(a) dele?

Bem, como disse antes tenho vários livros que adoraria tê-los escritos, infelizmente não posso escrever sobre todos em uma única postagem, mas, como não deu pra decidir sobre qual escrever. Acreditem tentei de tudo, Uni Duni Tê, Mamãe mandou, o escolhido foi você, cara ou coroa, sorteio no papelzinho, mas nada me parecia correto, então que se dance, vou falar de três obras #maravilindas pelas quais eu sou mucho loco loco loco melo.

Em primeiríssimo lugar, meu escolhido é tcham tcham tchaaaaaam... Rick Riordan e seus livros sobre deuses gregos. que obvio!

Realmente é obvio que escolheria Percy Jackson, para quem me conhecesse pessoalmente e sabe que amo história antiga, e já até me animei como professor de História por um período, também sabe que a Grécia Antiga é meu objeto de estudo desde a tenra infância. Como um fanático por deuses, semideus e monstros, nunca me acalmo até ter tudo relacionado aquele tema, e como tal tenho todos os livros da Saga Percy Jackson e os Olimpianos, Os Heróis do Olimpo, As Crônicas dos Kane (tá mais isso é egípcio Julielton), e seus apêndices.

Dando continuidade ao tema desta postagem, eu escolhi a primeira Saga de Percy, composta pelos livros: Ladrão de Raios, O Mar de Monstros, A Maldição do Titã, A Batalha do Labirinto e O Último Olimpiano, gente o que foi essa obra que tio Rick criou?

Meu Deus é alucinante, instigante, informativa, cativante... falta adjetivos para descrever meu encanto com esta saga, serio, é sublime como ele conseguiu transportar as lendas e mitos gregos para a nossa atualidade, tá não é tudo isso, mas a capacidade de trazer semideus, monstros e todo uma cultura para a nossa realidade é algo de se admirar. Rick Riordan não escreveu apenas uma ficção infanto-juvenil ele criou uma lenda, algo que eu gostaria muito de ter criado.

Como admirador da cultura grega eu adoraria ter tido esta ideia, construir todo um universo em torno dos meus deuses favoritos (Santa Afrodite seja louvada e Ares ignorado!), semideuses e seres mitológicos, todo o universo grego antigo. Mas, como não foi minha ideia o que resta e admirar!

Isso está ficando grande demais, mas ainda faltam dois livros, o segundo escolhido foi A Outra Vida de Susanne Winnacker.

Embora ainda não tenha achado nada sobre uma possível continuação, esse livro é um dos meus queridinhos, pois, a Susanne deu uma nova roupagem para um dos meus seres fantásticos preferidos, os lobisomens, embora aqui não recebam este nome, fica subintendido que os “chorões” como são chamados seriam uma espécie de lobisomens presos na condição amaldiçoada eternamente. Também admirei e muito o fato da autora ter criado a história como um possível cataclismo apocalíptico engendrado pelo próprio governo americano, afinal todos estamos acostumados a apocalipses literários repletos de zumbis, alienígenas ou algum patógeno mutante, não com criaturas folclóricas cultuadas no mundo todo.

No livro A Outra Vida, Susanne mostra como seria a vida de alguém lutando para se manter viva, como seriam as medidas de proteção e segurança, e como os seres humanos podem se transformar da pior forma possível, e não me refiro a mutação em chorão.

Eu adoraria ter escrito este livro, com todos os seus personagens cativantes e desafiadores, suas locações estratégicas e todo o seu enredo digno de um filme hollywoodiano.

E finalmente eis que chegamos ao ultimo livro, os dedos cansados e a cabeça sem ideia de como continuar, as piadas morreram todas de uma vez no primeiro livro, aff...

Fazer o que. O terceiro livro escolhido foi um brasileiríssimo, O Mediador e o Mistério da Ceifa de Bruna Figueira, gente o que é este livro?

Bruna é uma dos meus três autores brasileiros favoritos, é claro, isso apenas incluindo os da atualidade. Os outros dois são Eduardo Spohr e Fernando Valverde.

Bom, a obra de Bruna é outra criação fantástica pela qual sou louco, pelo obvio motivo, envolve seres místicos como Anjos e Ceifadores.

Para esclarecer, sou fanático pelo sobrenatural, minhas criaturas favoritas são: Kitsunes (raposas japonesas), lobisomens, anjos e shinigamis (deuses da morte japonês, o mesmo que ceifador). E o fato de neste livro Bruna ter se utilizado não somente dos anjos, como também dado uma nova especificação para os ceifadores, fez da sua obra a melhor leitura do ano de 2014.

A forma como ela ambientou tudo em terras tupiniquins, como apresentou uma personagem simples, sonsa até, e mesclou uma vida pacata com seres sobrenaturais, eventos extra-sensoriais e descobrimento pessoal é de uma perfeição única, e o rumo dado ao final da trama e a importância dada a eventos simples tornam esta obra estupenda.

Eu adoraria ter tido o mínimo de criatividade apresentado por Bruna Figueira, pois uma coisa é certa, não há casal fictício mais instigante que Christine e David.

Bom pessoal do meu brasil varonil, ai estão os três livros que adoraria ter escrito, ops, se contar toda a saga Os Olimpianos dão mais que três né? Tanto faz. O que importa é que...

 

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Ganhadora do Sorteio Dois Livros APED Editora

Já ha algum tempo que minha querida amiga Rudynalva postou em seu blog as fotos dos prêmios do sorteio, o qual ela foi a ganhadora. Infelizmente acabei atrasando a postagem aqui no blog, mas segue ai as imagens postadas por ela, prova verossímil da legitimidade dos sorteios realizados pelo blogue.

Você pode acessar a postagem da Rudynalva clicando aqui.

Capturar

Vamos as fotos postadas?

Uma pena que os pôsteres de Divergente tenham amassado, uma boa lição para os próximos envios.

Obrigado Rudynalva por participar, e por postar as fotos no blogue Alegria de Viver e Amar o que é Bom!

Continue participando, pretendo trazer promoções todos os meses.

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20 de mai. de 2015

Livro #27: A Batalha do Apocalipse de Eduardo Spohr

Preliminares

“Não é mais importante quem fomos, e sim o que somos e o que seremos. Todos temos os nossos pecados. Alguns já pagaram por eles, outros não, mas o que importa? Cedo ou tarde, todos terão de enfrentar a sentença. E não nos cabe julga-los. A nós, cabe apenas fazer o que achamos certo. Assim garantiremos nossa redenção.”


Sinopse

A Batalha do Apocalipse: Da Queda dos Anjos ao Crepúsculo do Mundo - Eduardo Spohr
Ano: 2012 / Páginas: 588
Editora: Versus

A Batalha do Apocalipse

A Batalha do Apocalipse - Há muitos e muitos anos, há tantos anos quanto o número de estrelas no céu, o Paraíso Celeste foi palco de um terrível levante. Um grupo de anjos guerreiros, amantes da justiça e da liberdade, desafiou a tirania dos poderosos arcanjos, levantando armas contra seus opressores. Expulsos, os renegados foram forçados ao exílio, e condenados a vagar pelo mundo dos homens até o dia do Juízo Final.
Mas eis que chega o momento do Apocalipse, o tempo do ajuste de contas, o dia do despertar do Altíssimo. Único sobrevivente do expurgo, o líder dos renegados é convidado por Lúcifer, o Arcanjo Negro, a se juntar às suas legiões na batalha do Armagedon, o embate final entre o Céu e o Inferno, a guerra que decidirá não só o destino do mundo, mas o futuro do universo.
Das ruínas da Babilônia ao esplendor do Império Romano; das vastas planícies da China aos gelados castelos da Inglaterra medieval. A Batalha do Apocalipse não é apenas uma viagem pela história humana, mas é também uma jornada de conhecimento, um épico empolgante, cheio de lutas heróicas, magia, romance e suspense.

Fonte Skoob: A Batalha do Apocalipse


O Autor

Gêneros Fantasia | Nascimento: 05/06/1976 | Local: Brasil - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro

Escritor, jornalista, blogueiro e participante do NerdCast, o podcast do site Jovem Nerd. É autor do romance best-seller “A Batalha do Apocalipse” e atualmente ajuda a gerenciar o selo editorial NerdBooks, voltado à literatura fantástica. É, ainda, professor da faculdade Hélio Alonso, no Rio de Janeiro, onde ministra o curso “Estrutura Literária – A Jornada do Herói no Cinema e na Literatura”.

Fonte: Skoob do Autor


Dialética

A Batalha do Apocalipse: Da Queda dos Anjos ao Crepúsculo do Mundo de autoria do brasileiro Eduardo Spohr, foi e, é ao meu ver o maior exemplo de como a literatura brasileira pode ser fascinante.

Com suas 588 páginas, e suas 3 partes: A Vingadora Sagrada, A Ira de Deus e A Flagelo de Fogo o livro escrito por Spohr dá uma nova roupagem para as histórias conhecidas pelo homem a milênios, em suas páginas há uma mistura de realidade com ficção, história e crenças religiosas, que se chocam de tal modo que é impossível descrever, mas o maior encanto em tudo isso, é o fato do autor ter conseguido amarrar cada evento, cada situação muito bem.

Em primeiro lugar, o livro apresenta o personagem protagonista, Ablon, um querubim que era Primeiro General do Exército Celeste liderado pelo próprio Arcanjo Miguel, um tirano deixado no poder pelo próprio Deus, após os seis dias que deram origem a criação do mundo e da vida.

O grande drama do livro é a ausência de Deus, que supostamente caiu em um sono profundo durante o sétimo dia (dia da criação – leiam a Bíblia cambada) e deixou no comando do Éden e do mundo seus arcanjos Miguel, Rafael, Gabriel, Uziel e Lúcifer, liderados pelo primeiro, o que ocorre é que o Miguel da história não é o mesmo, ou melhor, não se parece com aquele que conhecemos, o soldado fiel, amante da humanidade que travou um sanguinária luta contra o Diabo e o expulsou do céu. Aqui, Miguel o todo poderoso, detesta a humanidade, e almeja sua aniquilação.

E eis onde entra Ablon o anjo renegado, líder dos exércitos abomina as ideias adotadas pelo líder dos anjos e juntamente a dezoito outros anjos se rebelam e batalham contra Miguel e seus asseclas, porém ao serem derrotados são atirados sobre a terra. Dos dezoito apenas Ablon consegue sobreviver a queda e a caçada impiedosa dos anjos contra os renegados.

Até ai já se dá pra perceber o quanto a fantasia criada por Spohr é única e fantástica, mas eis que ele vai além, mescla outros seres, como bruxos, magos, demônios e, é claro humanos em uma longa e árdua corrida contra o apocalipse e os planos de Miguel para destruir o mundo.

Trava-se uma quase eterna luta do bem contra o mal, onde batalhas sangrentas, destruições em massa e por que não amor salpicam o livro todo, criando um enredo digno de muitos filmes hollywoodianos.

Como disse antes neste livro, grandes acontecimentos históricos e religiosos estão conectados e nada é o que parece ser, somos jogados em flashbacks que remontam a criação, a construção e queda da Babilônia, o fim do Império Romano, os Otomanos tomando Constantinopla, o nascimento do ser evoluído mais tarde conhecido como Jesus (isso, no livro Jesus não é filho de Deus, ou melhor, é, mas não o filho enviado e sim mais um filho, como eu e você), acontecimentos terrestres e celestes que culminam em uma batalha contra o apocalipse criado por Miguel.

Miguel, é de longe meu personagem favorito, eu simplesmente adoro essas desconstruções de personagens famosos, quando ganham nova roupagem tudo parece mais brilhante, mais alegre, e mesmo que Spohr tenha transformado o Príncipe dos Anjos em um tirano sanguinário, Miguel tem um ar altivo, poderoso e constante, algo digno dos melhores vilões já conhecidos. Achei de grande criatividade dar-lhe a autoria de grandes eventos bíblicos como a destruição de Sodoma e Gomorra e o próprio grande dilúvio, pois de uma forma ou de outra, isso parece mais obra de um ser com sede de sangue de que de um Deus de amor e altruísmo.

Embora o conceito de Deus onipresente e onipotente tenha sido reduzido a um mero ser superpoderoso adormecido, e muitas pessoas tenham abandonado o livro apenas por estas peculiaridades, não vejo como um mal ou um atentado contra a religião e contra o próprio Deus, trata-se de outra desconstrução, algo necessário para a criação da fantástica aventura descrita neste livro.

Spohr criou um universo único e gigantesco, algo jamais visto, jamais imaginado, um exemplo de como a literatura brasileira pode sim, atingir autos patamares como muitos autores estrangeiros tem atingido no nosso país.

A Versus Editora acertou em cheio quando resgatou esta obra e a publicou. Sua edição deu um “Q” de relevância a obra, tornando-a o sucesso que é hoje, um sucesso que já excedeu os limites das nossas fronteiras e até mesmo foi publicado em outros países.

A Batalha do Apocalipse é uma leitura necessária, e indicada a todos os amantes de uma boa ficção, e até mesmo aqueles que possam vê-la como uma afronta a religião.

Aqueles de visão bloqueada pelo fanatismo, digo apenas tire as travas dos olhos e leiam com olhar literário, vejam tudo isso como apenas licença poética, uma grande obra ficcional e terão certeza do quanto este livro é impressionante.

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